sábado, 21 de março de 2009

A UNIÃO FAZ A FORÇA


Podemos contestar a qualidade técnica do nosso elenco, criticar a postura do time dentro de campo ou até “pedir a cabeça” de alguns deles, mas é evidente a união que há dentro do grupo. Desde o inicio do ano, os jogadores sempre fizeram questão de exaltar esta característica e o que me parece não é da boca pra fora.
Ontem a diretoria iria efetuar o pagamento dos 18 jogadores convocados para a partida de ontem, deixando-os com seus respectivos salários em dia, porém, os jogadores se reuniram e decidiram que todos os jogadores deveriam receber mesmo que não fosse o valor integral. A diretoria confirmou o pagamento de 75% de todos os atletas e prometeu que pagaria o restante nos próximos dias, deixando assim o elenco em dia.
Atribuo grande parte desta união ao treinador Márcio Bittencourt, apesar de contestado por alguns é inegável que o treinador tem o grupo nas mãos. É bem verdade que de nada adianta um grupo unido, se não houver qualidade e/ou comprometimento, mas não precisamos ir muito longe buscar exemplos em que esta característica foi fundamental para o sucesso.
Em 1999, ao assumir o Santa Cruz interinamente, o treinador dos juniores, Nereu Pinheiro acabou se firmando no comando do time e após algumas derrotas teve carta branca para dispensar vários jogadores, alguns medalhões consagrados como Mancuso, Camanducaia, entre outros. O grupo fechado, com vários jogadores desconhecidos e pratas-da-casa contrariaram todos os prognósticos e conseguiram o acesso a Série A de forma inesquecível num episódio que dificilmente se repetirá da mesma forma.
Em 2005 a situação era parecida com a atual. Givanildo Oliveira praticamente montou um time que ao final do ano conseguiu tirar o clube de uma fila de 9 anos sem um título e ainda conseguiu o acesso à primeira divisão junto com o Grêmio de forma incontestável. Givanildo também tinha claramente uma liderança positiva sob o elenco.
Até onde a unidade deste elenco pode nos ajudar eu não sei, mas de certo não irá atrapalhar.